sábado, 24 de janeiro de 2009

Mulher nas obras sofre!

Pois bem... Finalmente criei um blog! Toda a gente tem um, e há tantos anos que se pode criar esta "coisa" que só agora realmente senti um empurrão forte para o fazer... Como trabalho nas obras e venho para casa extremamente cansada, tudo o que é extra-trabalho, dá imenso trabalho, portanto, como poderia ter arranjado forças para investir o meu precioso tempo de descanso a escrever um blog? DE LOUCOS!!!

Como o meu companheiro ontem criou um blog, eu, na minha condição de mulher, não posso ficar atrás! Então que decidi finalmente, criar uma coisa destas...

Não que já não tivesse pensado nisto anteriormente, mas agora é que foi (o instinto de aprendizagem por imitação foi muito forte!!!)

Decidi então que aqui vou colocando experiências do meu dia-a-dia no obral, na esperança que outras mulheres as leiam e deixem as suas experiências aqui reportadas... É que realmente, ser mulher e gostar de obra é coisa que não combina... Mulheres que dizem gostar, é porque ou nunca viveram experiências traumáticas, ou dizem gostar porque ficam bem vistas pelos que as rodeiam, são GRANDES mulheres, virís, o orgulho dos seus companheiros e papás porque gostam deste meio tão masculino...

Sinceramente... há coisa mais suja do que obra? Quando chove é um lamaçal, quando não chove é só pó, e toda a mulher, se bem que máscula (sim, porque fémea em obra tem tomates vistos pela sociedade) gosta de poder usar no seu dia-a-dia aquelas calças de ganga a arrastar no chão que assentam como um mimo no rabo, uma camisita de alças e... o colete tamanho XXL que a empresa disponibiliza para uma moça de 1,60 m, não favorece nada, o capacete é uma forma que quando removida reparamos que nossa cabeça parece um bolo acabadinho de desenformar... e as botas de biqueira e palmilha de aço... estragam as unhas dos pés, magoam os tornozelos porque só há tamanhos a partir do 40 a preços acessíveis, transformando-se em bóias de aço de 3 kg em cada pé... É muito lixado para uma mulher. Mais uma prova de existência de força viva na mulher...

Por agora fico-me por aqui. Já cansei muito os dedos... que trabalheira!

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